Ricardo Gomes deu folga para o elenco hoje, mas vai levar trabalho para casa. Ele aproveitará para assistir aos jogos do Universitário na primeira fase da Libertadores - o time peruano será o adversário do São Paulo nas oitavas de final.

O primeiro jogo será quarta-feira, no Monumental de Lima. “Para mim, será um dia de observação. Vou aproveitar porque não conheço muito nosso próximo adversário. Vou olhar jogos e me inteirar sobre as características deles. O jogo é quarta-feira, é bom conhecer o adversário. O principal da minha folga será o futebol.”

O técnico pouco ouviu falar do Universitário até descobrir que ele iria cruzar o seu caminho. Ricardo Gomes reuniu alguns dados, mas nada que possa usar para tentar derrotá-lo. Ele sabe, por exemplo, que o time peruano está invicto na competição. Foram duas vitórias e quatro empates, com cinco gols marcados e dois sofridos. “Tenho alguns detalhes, como os principais jogadores, mas agora vou estudar para ver como eles jogam.”

Os números, segundo ele, são subjetivos. “Tenho de ver o tipo de adversidade que eles tiveram. Vou perder, ou melhor, ganhar tempo com isso, ver vários jogos e ter uma ideia clara do que será o nosso adversário.”

O dia de estudo servirá para Ricardo Gomes definir qual é o melhor time para colocar em campo. Ele já admitiu que poderá escalar Washington desde o início em Lima. “Claro que não vou mudar time sempre só por causa do adversário, mas é possível. Tem de ver o sistema defensivo deles, analisar o que seria melhor para o São Paulo. É uma opção. O Washington é um titular, temos essa variação depois que o Fernandinho entrou em forma. São três jogadores brigando por duas vagas no ataque. Essa variação é importante.”

As observações serão colocadas em prática amanhã, quando o treinador comandará um trabalho tático no CT. Depois disso, Ricardo Gomes só deve dar mais um treino terça, já que o time viaja na manhã de segunda-feira para Lima.

Tradição, pero no mucho

O Universitário disputa a Libertadores pela 27ª vez. Os peruanos, no entanto, não avançavam à fase de mata-mata havia 11 anos. A melhor campanha foi em 1972, quando perdeu apenas na final para o Independiente da Argentina. Em outras três edições, (1967, 71 e 75), o time caiu na semifinal.

O destaque é o atacante Labarthe. Mas ele sofreu uma lesão e está fora do primeiro jogo. Entre os jogadores mais conhecidos dos brasileiros está o zagueiro Galván, com passagem por Santos e Atlético-MG.